Cinquentenário

Devido a um conjunto de factores relacionados com a época pós-conciliar na vida da Igreja, as grandes diretrizes presentes na ereção canónica do Santuário, ficaram adormecidas.

O Monumento a Cristo Rei, assim era conhecido, tardava em ser visto como um Santuário, sendo considerado para a maioria dos visitantes como um excelente miradouro frente a Lisboa.

Com a aproximação da celebração dos 50 Anos, a Reitoria achou que era necessário e prioritário iniciar um processo que visava criar melhores condições para todos aqueles que visitavam o Santuário e via neste jubileu a grande oportunidade para a sua projeção a nível eclesial, de modo a que o local se tornasse num centro de vida cristã.

“Entrar como turista e Sair como peregrino” foi o lema adotado, o qual ainda se encontra em vigor.

Os anos de 2003 até 2009 foram dedicados à preparação do cinquentenário, através dum conjunto de reformas que visaram criar melhores condições, quer a nível do acolhimento, quer a nível dos espaços e equipamentos.  

Iniciaram-se também um conjunto de iniciativas que visaram a sensibilização das Comunidades Cristãs, de modo a incluírem o Santuário no roteiro das suas peregrinações e ações de formação.

Preparou-se assim de forma exaustiva a Celebração dos 50 Anos e pudemos quase repetir os mesmos gestos de 1959, aquando da sua inauguração.

O Episcopado Português publicou uma nota pastoral sobre o cinquentenário, relembrando a importância do mesmo.

Sua Santidade o Papa Bento XVI enviou o Sr. Cardeal Saraiva Martins como seu enviado especial para presidir à Celebração Eucarística e no dia 17 de maio, no final da oração do Angelus, na Praça de S. Pedro em Roma, dirigiu-se aos Portugueses, recordando a sua união espiritual nas comemorações do cinquentenário.

Sendo o Santuário dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, as Relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque peregrinaram de França até Portugal, percorreram todas as Dioceses, de forma a que as Comunidades pudessem preparar-se espiritualmente e ser sensibilizadas para o Jubileu.

À semelhança do que aconteceu em 16 e 17 de maio de 1959, a Imagem de Nossa de Fátima, Senhora venerada na Capelinha das Aparições, esteve presente na Celebração. Antes disso esteve na Cidade de Lisboa, atravessando depois o Rio Tejo escoltada por barcos da Marinha Portuguesa, várias pessoas e entidades privadas. Em Cacilhas milhares de pessoas a aguardavam para a procissão das Velas.

  

Na Missa comemorativa, estiveram presentes quase todo o Episcopado Português, os Bispos de Cabo Verde, Luanda, Angola, Maputo e Nacala, em representação do Episcopado de Moçambique, Bispo emérito de S. Tomé e Príncipe, Arcebispo do Rio de Janeiro, Reitores dos Santuários de Fátima, Cristo Redentor - Brasil e Paray Le Monial - França.

Para além das várias autoridades civis e militares, destaca-se a presença do Sr. Presidente da República, do Sr. Presidente da Assembleia da República e do Sr. Ministro da Presidência em representação do Governo Português.

 

A Rádio Televisão Portuguesa transmitiu em direto as cerimónias, dedicando 17 horas de emissão ao evento.

Ao longo do ano jubilar decorreram várias iniciativas, tais como o lançamento de dois livros, concurso para crianças e jovens, lançamento de um selo comemorativo, um espetáculo musical com o título “De braços abertos”, onde participaram vários artistas portugueses. No encerramento do jubileu destaca-se a vinda da Imagem de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, que se venera no Santuário de Vila Viçosa.

Estas Celebrações, tal como previsto, marcaram o início de uma nova fase na vida do Santuário.

 

Mensagem do Reitor por ocasião da celebração dos 50 anos do Santuário de Cristo Rei (Versão de impressão)

Documentos relacionados:

Nota Pastoral do Episcopado Português por ocasião da celebração dos 50 anos do Santuário de Cristo Rei

Nota Pastoral do Senhor Bispo de Setubal por ocasião da celebração dos 50 anos do Santuário de Cristo Rei