De Jubileu em Jubileu: sempre um tempo de misericórdia!
O ano de 2025 será especial para a Igreja Católica, presente em todo o mundo. Celebraremos universalmente o "Jubileu da Esperança", um Ano Santo ordinário, daqueles celebrados a cada 25 anos, fazendo memória da redenção que recebemos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Um jubileu é, portanto, um tempo especial, voltado para a celebração, mas também e, especialmente, para o perdão, a reconciliação e a indulgência. O último jubileu foi celebrado em 2000, foi o Jubileu do Novo Milénio, onde São João Paulo II celebrou os Dois Mil anos do nascimento de Nosso Senhor em Belém.
A história dos Jubileus
Além dos jubileus ordinários, estes celebrados a cada 25 anos, alguns papas convocam jubileus extraordinários, como o "Ano Santo da Misericórdia", convocado e aberto pelo Papa Francisco, em 2015.
Mas a história dos jubileus começou há muito tempo, em 1300, com o Ano Santo convocado pelo Papa Bonifácio VIII. Cerca de 2 milhões de pessoas participaram das celebrações jubilares, em Roma, naquele ano. Dentre as presenças ilustres, provavelmente, estava o escritor Dante Alighieri que chegou a citar o jubileu na sua “Divina Comédia".
Depois disso, em 1350, o Papa Clemente VI também proclamou um jubileu. Para este, mesmo com desastres naturais ocorridos em Roma, mais de 1 milhão de pessoas peregrinaram para receber as indulgências.
Quarenta anos depois, em 1390, o Papa Urbano VI proclamou e o Papa Bonifácio IX presidiu mais um jubileu.
Em 1450, o Papa Nicolau V celebrou o Jubileu e voltou a fixar as celebrações para cada 50 anos. Em 1475, Paulo II proclamou e Sisto IV presidiu o Jubileu, fixando, dessa vez, a celebração para ser realizada a cada 25 anos, como vivemos hoje.
Em 1500, foi a vez do Papa Alexandre VI celebrar o Ano Santo. Foi ele quem estabeleceu a abertura das portas santas nas quatro basílicas papais.
Depois ocorreram jubileus em 1525 com o Papa Clemente VII; 1550 proclamado por Paulo III e celebrado por Júlio III; Em 1575, convocado pelo Papa Gregório XIII, em plena reforma protestante, o Jubileu foi um momento de convocação para a vivência da fé católica; 1600 com o Papa Clemente VIII onde o pontífice colocou-se como servo de todos, servindo peregrinos e alimentando-se com os pobres; em 1625, Urbano VIII proclamou o Jubileu e concedeu indulgência para os que não podiam ir à Roma, além de presidiários e doentes.
Em 1650, o Papa Inocêncio X proclamou o Jubileu que contou com a participação de mais de 700.000 e com a conversão de centenas de protestantes ao catolicismo; foi o Papa Clemente X a proclamar o jubileu de 1675; em 1700 o jubileu foi proclamado por Inocêncio XII e concluído por Clemente XI; em 1725, Bento XIII celebrou o momento tão especial e inaugurou, na Basílica de São João de Latrão, o Sínodo Romano.
Já em 1750, Bento XIV celebrou o ano santo e instituiu a Via-Sacra, no Coliseu Romano, na Sexta-feira Santa; em 1750, o Ano Santo foi proclamado por Clemente XIV, presidido por Pio VI; em 1825, foi o Papa Leão XII que celebrou com mais de 325 mil peregrinos em Roma; em 1875, Pio IX proclamou e celebrou o jubileu, mas não pôde celebrar a abertura da Porta Santa por causa da ocupação de Roma; em 1900, Leão XIII presidiu o Ano Jubilar com um apelo para o despertar da vida cristã; em 1925, Pio XI celebrou e convocou o mundo católico às missões.
Em 1933, o jubileu foi novamente presidido pelo Papa Pio XI. Foi um jubileu extraordinário convocado por ocasião dos 1900 anos da morte de Jesus e contou com a participação de mais de 2 milhões de peregrinos. Em 1950, o Papa Pio XII celebrou estes dias festivos e contou com o apoio do governo que se organizou para o acolhimento dos milhões de peregrinos.
Já nos nossos tempos, em 1975 o Papa São Paulo VI celebrou o jubileu da "reconciliação" que foi o primeiro a contar com uma transmissão mundial. Em 1983, São João Paulo II celebrou o jubileu extraordinário para a celebração dos 1950 anos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
No ano 2000, como já citámos, São João Paulo II proclamou o grande jubileu do Novo Milénio, celebrando os 2000 anos do nascimento de Nosso Senhor. Neste ano, dentre muitos eventos históricos, aconteceu a Jornada Mundial da Juventude em Roma, com a participação de mais de 2 milhões de jovens.
Em 2015, o Papa Francisco convocou um Ano Santo Extraordinário, o "Jubileu da Misericórdia", para celebrar os 50 anos do fim do Concílio Vaticano II. Um diferencial deste jubileu, foi a abertura de "Portas Santas" nas catedrais de todo o mundo, além de santuários, prisões e hospitais, para que todos tivessem a oportunidade de celebrar este tempo especial.
Agora, então, preparamo-nos para o jubileu ordinário, o Jubileu da Esperança, onde somos convidados pelo Papa, a anunciarmos essa esperança que não morre e não decepciona: Jesus Cristo.
Para saber mais sobre o jubileu de 2025 e a sua programação, pode aceder ao site oficial das celebrações: https://www.iubilaeum2025.va/pt.html
Bom e santo jubileu para si!