Duas Coroas – A história de S. Maximiliano Kolbe

Duas Coroas – A história de S. Maximiliano Kolbe

São Maximiliano Maria Kolbe é conhecido por diversas características, destacando-se a sua devoção mariana, o seu trabalho com a imprensa e, claro, o seu martírio.

Polaco, este santo chegou às extremidades do mundo através das suas obras e revistas, sempre com o desejo de difundir a devoção a Nossa Senhora e criar um verdadeiro exército de “Militantes da Imaculada Conceição”.

Apaixonado pela vida

Mas mais do que amar a comunicação, São Maximiliano foi um apaixonado pela vida, indo até ao extremo, para que com a sua vida sacerdotal, pudesse ser para todos, um outro Cristo.

O martírio do padre Kolbe chama a atenção por um facto em concreto.

O santo foi preso em fevereiro de 1941 pelos nazis. Em maio, foi levado para o terrível campo de Auschiwtz. Em julho daquele ano, um homem fugiu e como represália por aquela fuga, outros dez prisioneiros seriam levados para um bunker, onde morreriam lentamente.... de fome!

Um desses seria o sargento Francisco Gajowniezek, que ficou indignado e desesperado com a escolha, pois tinha esposa e filhos. Ao ver o desespero do companheiro, São Maximiliano Maria Kolbe ofereceu-se em troca da liberdade daquele homem, o que surpreendeu a todos.

Um mártir livre

A morte não foi rápida. Pelo contrário. Foi lenta e progressiva, restando, depois de alguns dias, quatro presos, entre eles, o santo sacerdote polaco que se entregou livremente ao martírio.

E, a 14 de agosto de 1941, os soldados nazis, para acelerar a morte dos que ainda sobreviviam, injetaram ácido fénico nas suas veias. Kolbe, então, disse ao que lhe aplicava a solução mortífera: "você não entendeu nada da vida. O ódio não serve para nada. Só o amor cria". E como últimas palavras, suplicou àquela por quem tinha tanto amor: "Ave, Maria!".

Santidade

O martírio e a evidente santidade de São Maximiliano Maria Kolbe, levaram-no à glória dos altares, mas o mais bonito, é que aquele que pôde viver e voltar para a sua esposa e filhos, esteve presente na missa de canonização do seu companheiro de prisão. Um facto também relevante é que São Maximiliano foi canonizado por um conterrâneo seu: São João Paulo II.

O filme

Numa mistura de documentário e drama, “Duas Coroas” retrata, de forma especial, a missão de São Maximiliano Maria Kolbe, as suas viagens, a confiança na divina providência, o seu amor pela Virgem Maria, a sua ousadia e, claro, o seu martírio.

Inclusive, o título do filme faz alusão ao martírio que Maximiliano “escolheu” como via de santidade quando era ainda uma criança.

Na infância, o pequeno Maximiliano teve um sonho muito bonito e profético com Nossa Senhora. Nele, a Mãe de Jesus oferecia-lhe duas coroas. Uma era vermelha e a outra branca. Elas seriam os presentes que ele receberia caso fosse um dos seus fiéis devotos.

A coroa branca simbolizava a pureza e a castidade, enquanto que a vermelha, simbolizava o martírio, a vida entregue até à morte por Jesus.

São Maximiliano, heroicamente, escolheu as duas coroas, assumindo para si um caminho de sofrimento, mas certo que era aquele que o conduzia ao céu.

Com a duração de 92 minutos, a produção foi dirigida por Michal Kondrat e tem como protagonista o ator Adam Woronowicz (São Maximiliano). Nela mistura-se uma parte mais novelada com outra mais documental. Franciscanos e historiadores contam factos da vida do santo, dando-se também a conhecer o impacto que a sua missão teve e tem no mundo, existindo ainda atualmente rádios, televisões e revistas da "Milícia da Imaculada".

Assista aqui ao filme "Duas Coroas”.

São Maximiliano Maria Kolbe, rogai por nós, para que nos confiemos com fé a Nossa Senhora e sejamos dignos das promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Sexta, 23 de Abril de 2021