Nos anos 70, no auge da revolução sexual, duas peças fundamentais apareceram na sociedade. Uma para vender o corpo humano como objeto de satisfação, valorizando o prazer pelo prazer e outra para devolver a dignidade original do corpo como templo de Deus.
Em 1972 foi lançada a primeira edição da revista Playboy, conhecida por trazer modelos nuas, com o objetivo de satisfazer os desejos de milhões de homens. Hugh Hefner, fundador da marca, entendeu que a sexualidade poderia ser um baú inesgotável de dinheiro.
Anos depois, em 1979, surgiam as primeiras catequeses do papa polaco, São João Paulo II, sobre a Teologia do Corpo, com o intuito de abrir os olhos de cristãos e não cristãos sobre a necessidade de voltarmos à originalidade e dignidade do corpo, conforme o próprio Criador pensou, sonhou e soprou sobre cada um.
Antes disso, em 1960, ainda como cardeal, Karol Wojtyla lançou o livro “Amor e Responsabilidade”, que traz à tona a mesma temática do amor e da sexualidade como dom de Deus para a humanidade. O livro tem cinco capítulos (A Pessoa e o Desejo Sexual; A Pessoa e o Amor; A Pessoa e a Castidade; Justiça para o Criador; Sexologia e Ética) e leva o leitor a refletir sobre a integridade da pessoa humana, o verdadeiro amor, a castidade, a ética, entre outros assuntos deste mesmo âmbito.
Não só nos anos 70, mas ainda hoje, a Teologia do Corpo de São João Paulo II é um poderoso recurso que sublinha a missão original do corpo enquanto templo de Deus, rejeitando toda e qualquer instrumentalização do mesmo.
Neste tempo em que a pornografia ganha proporções preocupantes, inclusive nas produções culturais e na cultura pop mundial, nas escolas e produções infantis, com o apoio das redes sociais, as 129 catequeses proferidas pelo santo fundador das Jornadas Mundiais da Juventude entre 1979 e 1984 são cura e também alerta.
Nas dezenas de catequeses, João Paulo II fala não só com os jovens, mas com os namorados, casados e celibatários, pois a castidade não é uma virtude apenas para os que não estão unidos em matrimónio, pelo contrário, é a guardiã de todas as virtudes e, por isso, deve ser vivida por todos os que procuram viver em comunhão com Deus.
O Papa medita ainda sobre a redenção do corpo, revelando ao leitor o amor de Deus às criaturas feitas à Sua imagem e semelhança e o valor do corpo, do amor e da sexualidade, como meios escolhidos por Deus para que o ser humano “cresça e se multiplique”.
Nas suas catequeses João Paulo II fala sobre o desejo, o desígnio e o destino da sexualidade, ‘libertando’ o homem da demonização e da subordinação de que o corpo foi alvo ao longo do tempo.
Algumas palavras de São João Paulo II na sua Teologia do Corpo:
"As palavras de Cristo são rigorosas. Exigem do homem que ele, no âmbito em que se formam as relações com as pessoas do outro sexo, tenha plena e profunda consciência dos próprios atos e, sobretudo, dos atos interiores; que ele tenha consciência dos impulsos interiores do seu «coração», a ponto de ser capaz de os individualizar e qualificar de modo circunspecto. As palavras de Cristo exigem que nesta esfera, que parece pertencer exclusivamente ao corpo e aos sentidos, isto é ao homem exterior, ele saiba ser verdadeiramente homem interior, saiba obedecer à reta consciência; saiba ser autêntico senhor dos próprios impulsos íntimos, como um guarda que vigia uma fonte escondida; e saiba, por fim, tirar de todos aqueles impulsos o que é conveniente para a «pureza do coração», construindo consciente e coerentemente aquele sentido pessoal do significado esponsal do corpo, que abre o espaço interior da liberdade do dom" (12 de Novembro de 1980).
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São João Paulo II, rogai por nós!