A CRUZ DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

A CRUZ DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

A CRUZ DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

A Jornada Mundial da Juventude é um evento rico em símbolos e significados. São João Paulo II, como grande apóstolo dos jovens, sabia que aquilo que é visual e palpável é mais convidativo, pois salta aos olhos e, de alguma forma, gera proximidade, pois não se restringe apenas ao campo das ideias.

Uma Cruz de presente

No encontro com os jovens no jubileu do Ano Santo da Redenção em 1984, o papa polaco entregou à juventude, como grande símbolo do amor de Deus e também da presença afetiva do Sumo Pontífice, uma grande cruz.

A Cruz começou, então, a peregrinar por todo o mundo, para que os jovens, tocando-a, fizessem a experiência do cuidado e da salvação que vem de Deus através da entrega obediente e frutuosa de Jesus Cristo, Seu Filho e Nosso Senhor.

A Cruz vai ao encontro dos jovens

João Paulo II, sabendo dos frutos dessa peregrinação, pediu para que a Cruz fosse até Praga, capital da República Checa. Estávamos em 1985, Ano Internacional da Juventude, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 1987 foi celebrada a primeira Jornada Mundial da Juventude fora de Roma e da Europa. Jovens de todo o mundo encontraram-se em Buenos Aires, na Argentina. Também para lá viajou a Cruz Peregrina, como ficou conhecida, sendo tocada e tocando as realidades de diversos locais e de milhares de pessoas, sendo sinal da presença do Deus Connosco, o Emanuel.

A Cruz Peregrina

Mas foi só em 1992 que começou um dos ritos mais esperados das Jornadas: a passagem da cruz peregrina para o país sede da próxima JMJ, naquele caso para Diocese de Denver, nos Estados Unidos da América (EUA). Também nessa ocasião, a Cruz visitou a Austrália pela primeira vez.

Dez anos depois, em 2002, a Cruz Peregrina voltou à América do Norte e fez uma das maiores peregrinações a pé de toda a história da Jornada Mundial da Juventude. Após visitar o Marco Zero de Nova York (EUA), a cruz foi levada a Montreal, de onde partiu até Toronto, sendo transportada a pé durante mais de 40 dias.

Entre 2006 e 2007, durante a preparação para a edição da JMJ que aconteceria na Austrália, na Oceânia, a Cruz peregrina oferecida pelo Papa São João Paulo II visitou outros países e continentes que nunca receberam o evento, como a Ásia e a África, além de alguns outros países da Europa.

Assim, antes de cada encontro mundial dos jovens com o Santo Padre, a Cruz peregrina pelo país sede e pelos países vizinhos, como um convite do próprio Cristo a que optem por Ele e o sigam.

Tocar realidades

Em cada país, a Cruz Peregrina toca realidades próprias daquele contexto, comovendo os corações e surpreendendo por chegar onde muitos não querem ir. Nos hospitais, a cruz é sinal da vitória de Cristo. Nos Estabelecimentos Prisionais a cruz é sinal da verdadeira liberdade em Cristo. Nos bairros de lata, é sinal da presença amorosa de um Deus que não deixa os seus filhos desamparados. Nas escolas é sinal de um Deus que acolhe os pequeninos. Entre os pobres é sinal da providência Divina que chega aos que têm fome e sede.

A primeira vez que participou numa Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro/Brasil, o Papa Francisco falou sobre a Cruz de Cristo e a Cruz da JMJ:

“No final do Ano Santo da Redenção, João Paulo II quis confiá-la a vocês, jovens, dizendo-vos: ‘Levai-a pelo mundo, como sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção’. A partir de então, a Cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de tantos jovens que a viram e carregaram. Ninguém pode tocar a Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de Jesus para a sua própria vida.

Na Cruz de Cristo está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer. Queridos jovens, confiemos em Jesus, abandonemo-nos totalmente a Ele (cf. Carta enc. Lumen fidei, 16)! (...) Queridos jovens, levemos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a Cruz de Cristo; encontraremos um Coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor. Assim seja!”.

Se tiver oportunidade, não deixe de participar de momentos em que esteja presente a Cruz Peregrina da JMJ. Reze diante dela e, através dela, contemple Jesus que já tocou tantos irmãos e irmãs em todo o mundo.

Quinta, 21 de Abril de 2022