Sagrado Coração - uma espiritualidade que nos ajuda a crescer em humanidade e santidade
Ao longo deste ano temos vindo a percorrer um caminho de conhecimento da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Já falamos, por exemplo, daqueles que trabalharam ardentemente para que essa devoção chegasse a todos os corações: Santa Margarida Maria Alacoque, Santa Gertrudes de Helfta e, por último, São Cláudio La Colombiere que é um dos grandes responsáveis pela Festa do Sagrado Coração de Jesus que hoje celebramos em toda a Igreja.
Crescer para Deus
O que têm em comum estes três santos? Descobriram que a espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus nos ajuda a crescer em humanidade e santidade!
No livro “Devoção ao Sagrado Coração de Jesus” escrito pelo Pe. Jean Croiset, que nos tem acompanhado neste itinerário, encontramos o seguinte:
“Vemos bem que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma prova, melhor dizendo, um exercício contínuo de um amor ardente por Jesus Cristo. Além de consistir numa das práticas mais santas da nossa religião, tem algo de forte e terno, que obtém tudo de Deus; e, na verdade, se Jesus Cristo concede grandes graças àqueles que são devotos aos instrumentos da Sua Paixão e às Suas chagas, que favores não faria àqueles que têm uma doce devoção para com o Seu Sagrado Coração?” (Pg. 47 e 48).
Neste excerto, somos, então, animados a viver uma doce devoção ao Coração de Jesus, pois, na sua misericórdia o Senhor realiza milagres, prodígios e sinais grandiosos.
Pode o Senhor recusar-nos algo?
Continua o Pe. Jean a dizer sobre a relação que existe entre Jesus e os seus devotos:
“Aquele admirável Salvador, que tanto fez para ter o coração dos homens, poderia recusar alguma coisa a esses mesmos homens que Lhe pedem um lugar no seu Coração? Se Jesus Cristo se entrega àqueles que não O amam, se vem em socorro na hora da morte daqueles que quase nunca se dignaram visita-lo durante as suas vidas, que foram insensíveis aos sinais luminosos que lhes dava e às ofensas cruéis que recebia na adorável Eucaristia - enfim, às pessoas que talvez O tenham maltratado - o que não fará pelos servos fiéis que, sensivelmente tocados ao ver o seu bom Mestre tão pouco amado, tão raramente visitado, tão cruelmente ultrajado, lhe fazem de tempos em tempos um ato de reparação por todo o desprezo que Ele sofre e não se esquecem de nada para reparar tantos ultrajes pelas frequentes visitas, pelas suas adorações e reverências e principalmente por meio do seu amor ardente? Não será, pois, visível que não há nada mais razoável ou útil que a prática desta devoção? Será mesmo necessária uma longa reflexão para persuadir cristãos à sua prática?” (Pg. 51 e 52).
Neste texto o Pe. Jean, questiona-nos sobre a necessidade de tantas explicações para que os cristãos católicos vivam esta devoção. Mas essa é uma pergunta que já tem nela mesma a resposta: diante desse grandioso amor que nos salva e lança fora todos os nossos temores, não há necessidade de persuasão!
No coração de Jesus encontramos salvação!
Nesta devoção encontramos, então, um caminho de vida em abundância e de salvação, pois não há nada melhor que, como fez o apóstolo São João, reclinarmos as nossas cabeças no Coração de Jesus, para Dele receber consolo, amor e misericórdia.
Assim sendo, peçamos ao Senhor, um coração manso e humilde como o Seu, para nunca duvidarmos da Sua capacidade de nos amar, salvar e libertar.