Ser Mulher e Mãe num mundo desordenado

Ser Mulher e Mãe num mundo desordenado

Ser Mulher e Mãe num mundo desordenado

A celebração do dia Internacional da Mulher é um bom pretexto para refletirmos sobre o seu contributo para um mundo melhor.

De Maria Santíssima à Maria que mora em nossas casas, todas têm o seu papel primordial neste mundo, em especial, sendo sinal de ordem numa sociedade tão desordenada.

Numa sociedade que tem “idolatrado” o empoderamento feminino, vemos na mulher o poder de dar vigor àquilo que é bom, belo e verdadeiro, como nos diz a Palavra de Deus (cf. Fil. 4, 8).

Ser mulher

Em cada mulher criada, Deus colocou o poder de tornar mais belo aquilo que por ela é tocado. A singeleza, a pureza e a docilidade são inerentes à figura feminina.

Deus, de alguma forma, abençoou cada mulher com esse dom de ordenar todas as coisas para o amor, como diz a “Teologia do Corpo” de São João Paulo II, e podem fazê-lo porque trazem consigo uma característica que Deus quis partilhar com cada uma delas: gerar vida.

Gerando um novo ser, a mulher dá ao mundo uma nova esperança para vencer as vicissitudes da vida. Cuidando do lar ou estando no seu trabalho, cada uma delas torna-se também, ponto de encontro daqueles que se perdem e andam desorientados, encontrando ali um colo materno e até mesmo um afeto de Deus.

A mulher tem o poder de trazer paz com pequenos gestos: seja numa mesa arrumada, num projeto bem feito, ou ainda, num olhar, que por mais duro que seja, expressa uma “decisão determinada”, como diria Santa Teresa de Jesus. Homem nenhum tem esse poder. Por mais que lute ou se esforce, nenhum homem conseguirá, pela sua essência, apaziguar ou fomentar ordem com uma mulher.

A essa mulher, João Paulo II agradece, dizendo:

“Obrigado a ti, mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, económica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dás à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, a uma concepção da vida sempre aberta ao sentido do mistério, à edificação de estruturas económicas e políticas mais ricas de humanidade” (Carta às Mulheres, 29 de Junho de 1995).

Ser mãe

Ainda nesse sentido, a maioria de nós já tivemos a vida ordenada por uma figura feminina e quem não o teve, sente falta dessa presença que educa, forma e encaminha.

Cada uma delas (ou as que fazem as suas vezes, como avós, madrinhas, tias ou irmãs) coloca-se na brecha entre o seu rebento e o mundo obscuro, cada dia mais confuso e complexo.

Na experiência da maternidade, essas mulheres saem de si para darem vida a outros indivíduos, oferecendo ao mundo, “homens novos para um mundo novo”, como evoca Dom Bosco no seu método educacional.

A essas mulheres, João Paulo II também agradece:

“obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida” (Carta às Mulheres, 29 de Junho de 1995).

Na Igreja

Como católicos, temos o testemunho de muitas mulheres que deram as suas vidas para que outros tivessem vida em abundância. Tanto consagradas como mães de família a Igreja está repleta dessa presença feminina. Mulheres como Maria, Santa Rita, a Beata Elena Guerra, Santa Teresa de Calcutá ou Santa Zélia Martin, entre muitas outras, foram essenciais para a concretização de mudanças tanto a nível social como familiar.

Peçamos à Virgem Maria, mulher escolhida por Deus para ser mãe de toda a humanidade, a graça de reconhecermos em cada mulher uma centelha desse amor divino que ordena todas as coisas para o Alto.

Nossa Senhora, rogai por nós!

 

Quinta, 5 de Março de 2020