Foi a paternidade que tornou São José conhecido. Ser pai de Jesus conferiu-lhe a graça de também ser, depois de Nossa Senhora, o maior santo do céu.
Em "Paternidade", filme protagonizado por Kevin Hart, e que este mês sugerimos, percebemos de forma cómica, como a paternidade pode levar à santidade. Trata-se de uma produção baseada no livro “Dois Beijos para Maddy: Uma História Real de Amor e Perda", de Matthew Logelin.
Ao início deparamo-nos com uma pergunta pertinente feita pelo protagonista Matt: quem está realmente preparado para ser pai? E ainda podemos, neste ano especial dedicado a São José, perguntar-nos se estaria ele pronto para ser pai do Messias Salvador a Quem ele também esperava?
Logo nos primeiros minutos de filme, o núcleo principal da família é surpreendida com a decisão da médica de fazer uma cesariana ainda naquela mesma noite, antecipando o momento do parto em algumas semanas.
Pais de primeira viagem, ansiosos pela chegada da primeira filha (Maddy), é bonito contemplar a alegria da família pela chegada da criança: tudo muda, o mundo muda!
Contudo uma fatalidade vem ao seu encontro: momentos após o parto, a esposa do nosso protagonista falece com uma embolia pulmonar. O desespero toma, então, conta de Matt. As palavras desaparecem e as lágrimas surgem incapazes de ser contidas. Mas existe uma vida totalmente dependente desse pai.
E como é ser pai sozinho, sem a presença e ajuda da esposa, ainda mais tendo que enfrentar as dúvidas de todos quanto às suas capacidades? Matt além do medo, das frustrações e das dúvidas, teve que lidar com a desconfiança da sua família e da família de sua falecida esposa.
Matt precisa de superar o luto e ultrapassar dezenas de barreiras para cuidar da filha. Os problemas estão no trabalho, no cuidado com o lar, nas pequenas e grandes coisas do dia a dia. Ma ele faz de tudo para vencer e para que sua filha cresça bem.
A saga do nosso pai-herói vai- se tornando bem-humorada… Vai descobrindo as dificuldades da vida cotidiana com a filha: trocar fraldas, cortar as unhas, dar banho, alimentar... e tudo isso no meio do trabalho, do lazer com os amigos, das reuniões e até no cemitério, quando foi visitar o túmulo da falecida esposa. A vida toma outro rumo!
Podemos imaginar como foram as coisas com São José (sim, imaginar, pois não temos relatos, mas ele foi pai como tantos o são). Teve que aprender tudo juntamente com Maria. Sofreu ao não encontrar um lugar digno para que o seu Filho nascesse, sofreu quando teve que fugir para o Egito com medo que matassem o Menino, sofreu com as dúvidas, as limitações, as dificuldades. Mas não desistiu!
Matt também não desistiu! Uma frase da sogra diz muito a todos os pais: “Guarde as pequenas vitórias da sua filha, elas são os seus tesouros mais preciosos!”. Para os pais é sempre muito valioso poder contemplar cada detalhe da vida dos filhos.
São José pôde contemplar não só o seu filho adotivo, mas o Filho de Deus que crescia na sua própria casa. Casa, a de José e Maria, que era um verdadeiro santuário!
"Paternidade" mostra ainda Maddy em fase escolar a ser acompanhada pelo pai. Este é obrigado a aprender sobre as mais diversas facetas da vida de uma criança: penteados, dúvidas infantis, relações de amizade, regras… É muito bonito ver a cumplicidade e amizade entre pai e filha, gerando-se um amor indestrutível e que leva Matt a renunciar a uma vida de maior luxo e sucesso na carreira em favor daquilo para o qual foi chamado: ser pai!
Pode-se assistir ao filme “Paternidade” no serviço de streaming Netflix. Saiba mais, clicando aqui.
FILME: Paternidade
Título original: "Fatherhood"
2021 - 1h50min – drama
Roteiro: Paul Weitz e Dana Stevens
Elenco: Kevin Hart, Melody Hurd, Alfre Woodard, dentre outros.